Consultora
Para instituições de saúde
A International Association for the Study of Pain (IASP), que é representada no Brasil pela
Sociedade Brasileira
para o Estudo da Dor (SBED), em 2010, publicou um relatório em que enumerava uma série de condições
e doenças que fazem
parte do nosso cotidiano, e que causam dor aguda. São elas:
- cirurgias (de todos os tipos)
- traumatismos e acidentes
- queimaduras
- mucosite oral em radioterapia e quimioterapia
- parto
- dor de cabeça
- cólica menstrual
- e dores de dente.
Entre os problemas decorrentes da dor aguda, inicialmente, destaca-se o subtratamento: cerca da
metade dos pacientes
com dor pós-operatória, a despeito de poder ter controle, inclusive medicamentoso, sofre
desnecessariamente.
Inclua-se pacientes com câncer.
Outro grave problema é quando a dor pós-operatória torna-se crônica. Entre 10 e 50% dos pacientes
com dor
pós-cirúrgica desenvolvem dor persistente. Destes, entre 2 a 20% desenvolve dor crônica. Portanto,
as evidências
científicas apontam o subtratamento da dor pós-operatória como fator de risco para cronicidade, em
pacientes
susceptíveis.
No Brasil, As dores crônicas fazem parte do cotidiano de 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos.
Desses, 30% usam
opioides para aliviar o problema, segundo os dados preliminares fazem parte da última edição do
Estudo Longitudinal
da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde.
Prevenir a dor crônica pós-operatória é hoje, uma das maiores prioridades de pesquisas cientificas e
objetivo do meu
trabalho atual.
O desenvolvimento de protocolos padronizados para estratificação de risco, para manejo da dor e para
a recuperação
após a cirurgia são necessários para otimizar os resultados pós-operatórios, a satisfação do
paciente e reduzir os
custos com cuidados de saúde.
Com o intuito de reduzir o número de casos de pacientes em ambulatório de dor com diagnóstico tardio
e de promover a
economia da saúde, reduzindo o impacto dos gastos com dor nos sistemas de saúde, desenvolvi uma
solução inovadora: o
DORQ.
O DORQ é um sistema para identificação precoce de fatores de risco para desenvolver dor persistente,
permitindo a
estratificação de risco do paciente.
O DORQ tem um questionário digital que gera automaticamente o cálculo de acordo com as respostas das
escalas
aprovadas cientificamente. Em seguida, ele cria uma estratificação do risco-paciente, com escalas de
cores e com
adesivos verde, amarelo ou vermelho que ficarão visíveis no prontuário eletrônico do paciente e na
pulseira do
paciente durante a internação.
Mas o DORQ vai além. Ele também oferece um protocolo padronizado com implementação de estratégias de
tratamento
preventivo, nas três etapas da jornada do paciente: antes, durante e após a cirurgia.
Este protocolo de cuidado e prevenção da dor crônica pós-operatória é personalizado para cada
paciente de acordo com
seu risco estratificado de dor.